Este valor, que subestima o impacto real, reflete os custos adicionais com sobretaxas em veículos e componentes, aprofundando a crise no setor automóvel ocidental num mercado global cada vez mais competitivo.
O grupo Volkswagen foi o mais afetado, com um rombo de 1,3 mil milhões de euros nas suas contas semestrais, contribuindo para uma queda de 36,6% no lucro líquido. A Stellantis registou um prejuízo de 300 milhões de euros no semestre, prevendo que o valor ascenda a 1,5 mil milhões no final do ano, o que já resultou em perdas de 2,3 mil milhões de euros no primeiro semestre. Outros grupos europeus, como a Mercedes-Benz e a Volvo Car, reportaram impactos de 362 milhões de euros e mil milhões de euros, respetivamente. Do lado americano, a Ford estimou o impacto das tarifas no seu lucro operacional do segundo trimestre em 691 milhões de euros, enquanto a General Motors registou um impacto de 965 milhões de euros no mesmo período.
O recente acordo entre a UE e os EUA, que fixa a tarifa em 15%, trouxe alguma previsibilidade, levando a Ferrari a eliminar o risco de 50 pontos-base que tinha previsto para as suas margens.
No entanto, a BMW, sem detalhar o valor, espera uma redução de 1,25 pontos percentuais na margem EBIT da sua divisão automóvel devido às tarifas.