Lucros dos cinco maiores bancos em Portugal recuam 0,4% para 2,6 mil milhões de euros
Os cinco maiores bancos a operar em Portugal registaram lucros agregados de 2.609 milhões de euros no primeiro semestre de 2025, uma ligeira redução de 0,4% em termos homólogos. Esta estabilização dos resultados ocorre num contexto de pressão sobre a margem financeira, que caiu 7,31% para 4.425 milhões de euros devido à descida das taxas de juro. A queda da margem financeira foi compensada pelo aumento do volume de negócios, especialmente no crédito à habitação, que foi impulsionado pela medida de garantia pública para jovens.
O desempenho dos bancos foi heterogéneo: BPI e Santander viram os seus lucros recuar 16% e 8%, respetivamente, enquanto o Novo Banco (+17,5%) e o BCP (+3,5%) registaram crescimentos.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) manteve os lucros estáveis em 893,2 milhões de euros, beneficiando da reversão de provisões e imparidades.
O BCP foi a única instituição a registar um aumento da margem financeira (+3,3%), impulsionado pela sua atividade na Polónia.
No que diz respeito ao emprego, o número total de trabalhadores nos cinco bancos diminuiu ligeiramente (-26), para 25.375, e o número de balcões reduziu-se em oito, para 1.829. A qualidade do crédito manteve-se robusta, com baixos níveis de crédito malparado e rácios de capital confortáveis.
Em resumoApesar da pressão sobre a margem financeira devido à descida dos juros, os cinco maiores bancos em Portugal mantiveram os lucros estáveis em 2,6 mil milhões de euros no primeiro semestre, suportados pelo crescimento do volume de crédito e pela boa qualidade dos ativos.
Artigos
7