Dados da S&P Global Mobility mostram que a taxa de fidelidade, que atingiu um pico de 73% em junho de 2024, caiu para um mínimo de 49,9% em março de 2025, um valor abaixo da média do setor, antes de recuperar para 57,4% em maio. Esta quebra, descrita por um analista como “sem precedentes” pela sua rapidez, coincide com um período de declínio nas vendas da marca.
Nos primeiros cinco meses de 2025, as vendas da Tesla nos EUA recuaram 8%, enquanto na Europa a queda foi de 33% no primeiro semestre.
Em Portugal, as vendas em julho caíram 49% em relação ao ano homólogo, com a marca a matricular apenas 284 veículos.
O analista da S&P, Tom Libby, afirmou: “Nunca vi um declínio tão rápido num período de tempo tão curto”.
A queda na lealdade e nas vendas é atribuída não só ao envolvimento político de Musk, que poderá ter afastado a base de consumidores mais ecoconscientes, mas também ao envelhecimento da gama de modelos e à crescente concorrência de fabricantes tradicionais que lançaram novos veículos elétricos. A reação pública às posições de Musk tem sido particularmente intensa na Europa, onde as vendas da Tesla na União Europeia chegaram a cair 50,3% em janeiro.