Esta medida representa uma das mais significativas alterações na política comercial dos EUA em quase um século, com repercussões diretas para os seus principais parceiros, incluindo a União Europeia.
A nova estrutura tarifária eleva a taxa média efetiva sobre as importações para 20,1%, um valor drasticamente superior aos 2,4% registados em janeiro de 2025.
Esta política estabelece taxas que variam consoante o parceiro comercial, com a União Europeia a enfrentar uma tarifa geral de 15%, enquanto outros países enfrentam taxas substancialmente mais elevadas, como o Brasil, com 50%.
O objetivo declarado pela Casa Branca é reequilibrar as balanças comerciais e proteger a indústria nacional, mas a medida gerou preocupações imediatas sobre o seu impacto na economia global e nos preços ao consumidor.
A Organização das Nações Unidas classificou a decisão como uma “notícia desanimadora”, alertando que “todas as guerras comerciais são ruinosas e devem ser evitadas”.
A administração norte-americana, por sua vez, projeta uma arrecadação mensal de cerca de 50 mil milhões de dólares (aproximadamente 43 mil milhões de euros) com estas novas taxas, um valor que não inclui futuras tarifas setoriais.
Analistas preveem que a medida poderá levar a um menor crescimento económico a nível mundial e a um aumento da inflação, não só nos países visados mas também nos próprios Estados Unidos, onde os consumidores serão os principais prejudicados.
Empresas de vários setores já manifestaram preocupação, com algumas, como a brasileira Taurus, a anunciar a transferência de parte da sua produção para os EUA para contornar a tarifa de 50%.