A subida foi impulsionada principalmente pelo custo da mão de obra, que cresceu 7,3%, o valor mais alto desde março. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o custo da mão de obra contribuiu com 3,4 pontos percentuais para a variação total do índice, enquanto o preço dos materiais teve uma contribuição mais modesta, de 0,5 pontos percentuais, com um aumento de apenas 1%.
Esta dinâmica evidencia uma pressão crescente nos salários do setor da construção, que se torna o principal motor do encarecimento da habitação nova.
Entre os materiais, destacam-se as subidas nos preços dos vidros e espelhos (cerca de 30%) e dos aparelhos de climatização (cerca de 10%). Em sentido contrário, verificaram-se reduções de preço a rondar os 10% em materiais como betumes, madeiras e derivados, e tubagens de aço. A persistência do aumento dos custos de construção, especialmente da mão de obra, representa um desafio para o setor imobiliário, podendo refletir-se nos preços finais das casas e condicionar a oferta de nova habitação num mercado já pressionado.