Inflação em Portugal acelera para 2,6% em julho, impulsionada pelo preço da fruta
A taxa de inflação homóloga em Portugal acelerou pelo quarto mês consecutivo, fixando-se em 2,6% em julho, um aumento de 0,2 pontos percentuais face a junho. A subida foi largamente impulsionada pelo aumento expressivo no preço dos alimentos não transformados, com particular destaque para a fruta, que registou um aumento de 10%. De acordo com os dados confirmados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a subida do Índice de Preços no Consumidor (IPC) reflete pressões distintas nos vários setores da economia. Enquanto o índice relativo aos produtos energéticos registou uma variação negativa de -1,1%, aliviando a pressão sobre os consumidores, o índice referente aos produtos alimentares não transformados acelerou para 6,1%, contra os 4,7% de junho. Este aumento foi o principal motor da inflação no mês, com a fruta a registar uma variação homóloga de 10%, um valor significativamente superior aos 4,3% do mês anterior. Luís Mira, secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), atribui esta subida a uma combinação de fatores, afirmando que "no caso específico das frutas, esta inflação pode ser explicada por uma combinação de fatores, como os custos de produção, energia e combustíveis, que afetam a maioria dos produtos, além das condições climatéricas que causaram atrasos em algumas colheitas (por exemplo, melão e melancia)". A análise do INE revela ainda que o indicador de inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, também registou uma ligeira aceleração para 2,5%.
Esta dinâmica sugere que, embora a queda nos preços da energia ofereça um alívio, as pressões sobre os preços dos alimentos, exacerbadas por fatores de produção e climáticos, continuam a ser um desafio significativo para a estabilidade económica e o poder de compra das famílias portuguesas.
Em resumoA inflação de julho em Portugal atingiu 2,6%, marcando o quarto mês de aceleração, principalmente devido ao aumento de 10% no preço da fruta. Fatores como custos de produção e condições climatéricas adversas foram apontados como as principais causas, contrastando com a contínua descida dos preços da energia, o que evidencia pressões setoriais distintas na economia.
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