O economista João Queiroz, do Banco Carregosa, afirmou que o indicador "tem alguma inércia estrutural" e que, "salvo uma surpresa estatística inesperada, o valor final a publicar deverá situar-se muito próximo do patamar já observado".

Este aumento potencial de 2,2% representa uma desaceleração face a anos anteriores, mas continuará a pressionar o orçamento das famílias.

Numa simulação, uma renda de 500 euros mensais poderá aumentar em 11 euros, totalizando um acréscimo anual de 132 euros. Para uma renda de 1.000 euros, o aumento mensal seria de 22 euros, resultando num encargo adicional de 264 euros por ano. Esta atualização aplica-se a todos os contratos que vigorem há mais de um ano e que não prevejam outro mecanismo de atualização. No entanto, a aplicação do coeficiente não é obrigatória, dependendo da vontade do senhorio, que deve comunicar a intenção ao inquilino com uma antecedência mínima de um mês.

Paralelamente, o INE indicou que a variação homóloga das rendas de habitação por metro quadrado abrandou ligeiramente para 5,1% em julho.