O número de insolvências em Portugal registou um aumento de 7,3% nos primeiros sete meses de 2025, totalizando 2.255 ações, mais 153 do que no mesmo período de 2024. Apenas em julho, o crescimento foi ainda mais acentuado, com 314 insolvências, um aumento homólogo de 18%. De acordo com dados da Iberinform, filial da Crédito y Caución, o aumento foi impulsionado tanto pelas declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas, que cresceram 23%, como pelas requeridas por terceiros, que subiram quase 20%. Em contrapartida, o número de novas empresas constituídas registou um ligeiro decréscimo de 0,4% no acumulado do ano, com um total de 32.035 novas sociedades. Os distritos de Lisboa e Porto foram os mais afetados, com 535 e 558 insolvências, respetivamente, representando crescimentos homólogos de 15% e 13%.
Setorialmente, as maiores subidas ocorreram nas Telecomunicações (+100%), Agricultura, Caça e Pesca (+65%) e Transportes (+40%).
Por outro lado, o setor da Eletricidade, Gás e Água registou uma notável redução de 83% nas insolvências. Os dados de um relatório da Allianz Trade, que cobrem apenas o primeiro semestre, indicavam uma quebra de 11,5% nas insolvências, o que sugere que o mês de julho foi particularmente negativo, invertendo a tendência semestral. A análise da Allianz Trade destacava que as micro e pequenas empresas, com volume de negócios inferior a 500 mil euros, foram as mais afetadas, assim como as empresas com mais de 10 anos de atividade.
Em resumoNos primeiros sete meses de 2025, as insolvências em Portugal aumentaram 7,3%, totalizando 2.255 processos, com um pico de 18% em julho que inverteu a tendência de queda do primeiro semestre. Lisboa e Porto lideram os casos, enquanto o setor das telecomunicações registou o maior crescimento percentual de insolvências.