Este valor equivale a 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) semestral, segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).

A principal causa para esta redução foi o agravamento do défice da balança de bens, que aumentou em 2.748 milhões de euros. Este resultado deveu-se a um crescimento significativo das importações, que subiram 2.490 milhões de euros, enquanto as exportações registaram um decréscimo de 258 milhões de euros. Em contrapartida, a balança de serviços apresentou um desempenho positivo, com um acréscimo de 754 milhões de euros no seu excedente, impulsionado maioritariamente pelo saldo positivo das viagens e turismo, que contribuiu com 489 milhões de euros. Analisando apenas o mês de junho, o excedente externo foi de 747 milhões de euros, menos 566 milhões do que no mesmo mês de 2024. Esta quebra mensal reflete não só o aumento do défice da balança de bens, mas também a redução do excedente da balança de rendimento secundário, justificada pelo recebimento de um prémio do Euromilhões em junho de 2024. No que toca à balança financeira, a capacidade de financiamento da economia traduziu-se num saldo de 2.471 milhões de euros, com as instituições financeiras não monetárias a serem o setor que mais contribuiu para este resultado.