A dívida externa líquida portuguesa registou uma descida significativa no primeiro semestre de 2025, atingindo 43,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Este é o rácio mais baixo desde o final de 2024, quando se situava em 44,3% do PIB, conforme dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP). Em termos absolutos, a dívida externa líquida totalizou 126.700 milhões de euros no final de junho, um ligeiro aumento face aos 126.300 milhões de euros registados no final do ano anterior. No entanto, o crescimento do PIB permitiu a redução do rácio, um indicador fundamental para a avaliação da sustentabilidade económica do país.
Paralelamente, a Posição de Investimento Internacional (PII) de Portugal, que mede o saldo entre os ativos financeiros detidos por residentes no exterior e os passivos detidos por não residentes, também melhorou, passando de -59,2% do PIB no final de 2024 para -58,7% em junho de 2025. Para esta variação contribuíram o saldo positivo da balança financeira (2.500 milhões de euros) e variações de preços positivas (300 milhões de euros), que foram parcialmente contrabalançadas por variações cambiais negativas de 5.500 milhões de euros, justificadas principalmente pela depreciação do dólar americano.
Segundo o BdP, a redução de 0,5 pontos percentuais no rácio da PII face ao PIB deveu-se em 1,5 pontos percentuais ao crescimento da economia.
Em resumoNo primeiro semestre de 2025, a dívida externa líquida de Portugal desceu para 43,3% do PIB, o valor mais baixo desde o final de 2024. Esta melhoria do rácio, apesar de um ligeiro aumento do valor nominal da dívida para 126,7 mil milhões de euros, foi impulsionada pelo crescimento económico, sinalizando uma maior robustez financeira do país.