A análise por finalidade revela que a categoria “Outros Créditos Pessoais”, que inclui despesas com lar, obras e consolidação, foi a que mais cresceu em termos homólogos (16%), totalizando 305,7 milhões de euros. O crédito para a compra de automóveis usados também registou uma subida expressiva de 10,4%, atingindo 215 milhões de euros, enquanto o crédito automóvel no seu todo quase triplicou o montante financiado no primeiro semestre, passando de 541 mil para 1,47 milhões de euros, devido à aquisição de viaturas mais caras. Tiago Pestana, analista do CréditoPessoal.pt, alerta que as principais recusas de crédito estão associadas a taxas de esforço superiores a 50%, o limite definido pelo BdP, sublinhando que “um crédito tem de ser usado com responsabilidade; se representar um sufoco financeiro para o cliente, a recusa é a melhor decisão”. O aumento do recurso ao crédito ao consumo sugere que as famílias portuguesas continuam a necessitar de financiamento para fazer face a despesas importantes, num contexto de inflação e instabilidade económica.
