Este valor representa 289,6% do Produto Interno Bruto (PIB), refletindo um crescimento da dívida superior ao da própria economia.
Segundo os dados do Banco de Portugal, o aumento foi impulsionado tanto pelo setor público como pelo privado. O endividamento do setor público subiu 19,1 mil milhões de euros, um acréscimo ocorrido “sobretudo, perante o exterior (14,5 mil milhões)”, em grande parte devido ao investimento líquido de não residentes em títulos de dívida pública. O endividamento público também cresceu perante os particulares, nomeadamente através da subscrição de Certificados de Aforro. Por sua vez, o endividamento do setor privado aumentou 13,2 mil milhões de euros. Neste segmento, o endividamento dos particulares cresceu 7,0 mil milhões, “essencialmente perante o setor financeiro”, com o crédito à habitação a explicar 5,1 mil milhões desse valor.
A taxa de variação anual do endividamento dos particulares atingiu 6,7% em junho, o valor mais elevado desde o início da série em dezembro de 2008.
O endividamento das empresas privadas também subiu 6,2 mil milhões, maioritariamente junto do setor financeiro. O rácio do endividamento total face ao PIB subiu de 285,7% para 289,6%, sinalizando uma crescente vulnerabilidade financeira da economia nacional.