Por um lado, as novas tarifas aduaneiras impostas pela administração norte-americana “estão a começar a puxar os preços para cima”, com o risco de reacender a inflação.

Por outro, alertou para o “aumento” dos “riscos negativos” sobre o emprego, que poderiam justificar uma política monetária mais expansionista para apoiar o mercado de trabalho. A sua declaração de que “a perspetiva básica e a mudança no equilíbrio de riscos podem justificar o ajustamento da nossa postura política” foi o sinal mais claro até à data de que um corte nos juros está a ser seriamente considerado. A reação dos mercados foi imediata, com os operadores a aumentarem a probabilidade de um corte em setembro de 75% para 87%, segundo a CNN. Esta mudança de tom ocorre num contexto de forte pressão por parte da administração Trump para uma redução das taxas, o que adiciona uma camada de complexidade política às decisões técnicas do banco central.