A dispersão em bolsa abrangerá 29,75% do capital social do BFA, correspondente a 4.462.500 ações.
A estrutura da venda está dividida entre o Estado angolano, que alienará 15% da sua participação detida através da Unitel, e o grupo BPI, que venderá 14,6% da sua posição.
Atualmente, a Unitel detém 51,9% do capital do banco, enquanto o BPI possui os restantes 48,1%.
A Comissão do Mercado de Capitais (CMC) de Angola já confirmou o registo da oferta. Álvaro Fernão, Presidente do Conselho de Administração do IGAPE, destacou a importância da operação, afirmando que "o IPO do BFA será em setembro e marcará um momento histórico para o nosso mercado de capitais.
Estamos a falar da maior operação já realizada na BODIVA, um marco que vai colocar Angola no radar dos grandes investidores internacionais".
A privatização surge num momento de forte desempenho financeiro para o BFA, que registou um lucro de 115,48 mil milhões de kwanzas (cerca de 126 milhões de euros) no segundo trimestre de 2025, um crescimento homólogo de 28%. O ativo total do banco ascendeu a 4,06 biliões de kwanzas no final de junho. A operação faz parte do Programa de Privatizações (PROPRIV) do governo angolano, que visa dinamizar a economia e atrair novos investidores.