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Produtores do Douro recebem apoio de 50 cêntimos por quilo de uva para destilação
Governo aprova apoio de 50 cêntimos por quilo de uva para destilação no Douro
O Governo português aprovou um plano de ação para a Região Demarcada do Douro, que inclui um apoio imediato de 50 cêntimos por quilo de uva destinada à destilação. A medida, financiada por 15 milhões de euros do Orçamento do Estado, visa mitigar a crise de escoamento e a perda de rendimento dos viticultores. Este apoio surge num momento crítico para a região, que enfrenta queixas e alertas de produtores que temem não conseguir escoar a produção ou vendê-la a preços muito baixos, enquanto os comerciantes se queixam de excesso de stocks e quebras nas vendas de vinho. O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, sublinhou que “o grande objetivo é evitar a perda de rendimento” e que a medida de destilação é financiada exclusivamente com verbas do Orçamento de Estado, alertando que “é uma medida que não se irá repetir”. O plano de ação para a gestão sustentável e valorização do setor vitivinícola da Região Demarcada do Douro (RDD) não se esgota nesta ajuda imediata, sendo apresentado como um “plano estruturante”. Inclui outras medidas como o apoio voluntário à redução da área de vinha sem perda de rendimento, a inibição de novas autorizações de plantação e um plano para as cooperativas aumentarem a sua capacidade de armazenamento e eficiência energética. Adicionalmente, o plano prevê um reforço da promoção, rotulagem e fiscalização, e altera a restrição que obrigava a ter um stock mínimo de 75 mil litros para poder vender Vinho do Porto, passando este limite para zero, o que, segundo o ministro, “inviabiliza qualquer jovem enólogo que queira se dedicar à comercialização de vinho de Porto”.
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Em resumoO plano governamental para o Douro combina um apoio financeiro imediato de 15 milhões de euros (50 cêntimos por quilo de uva) para destilação de excedentes com um conjunto de reformas estruturais a longo prazo. As medidas visam resolver a crise atual de escoamento e, simultaneamente, reforçar a sustentabilidade e competitividade do setor, eliminando barreiras à entrada de novos produtores e apoiando a modernização das cooperativas.
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