Uma análise detalhada das contas revela múltiplos fatores que pressionaram os resultados.

As receitas operacionais totais baixaram 1% para 1.955,2 milhões de euros, apesar de um aumento de 2,2% no número de passageiros transportados, que atingiu os oito milhões. A receita gerada por milha voada por passageiro caiu de 8,06 cêntimos para 7,86 cêntimos, indicando uma maior pressão sobre as tarifas. Os custos operacionais cresceram 3,8%, impulsionados por um aumento de 13,6% nos encargos com pessoal, reflexo de aumentos salariais. Os custos com irregularidades, como reembolsos por atrasos e cancelamentos, também subiram 7%, agravados pela greve da Portugália.

Adicionalmente, as perdas cambiais, devido à desvalorização do dólar face ao euro, ascenderam a 38,5 milhões de euros só no segundo trimestre.

O presidente executivo da TAP, Luís Rodrigues, mencionou ainda “constrangimentos severos no controlo de fronteiras nos aeroportos nacionais” como um fator que impactou “significativamente” a atividade.

Embora os créditos fiscais tenham tido um impacto positivo de 45,5 milhões, não foram suficientes para reverter as perdas acumuladas.