Em pleno mês de agosto, tradicionalmente com ocupações próximas dos 100%, registaram-se quebras que atiraram as taxas para "níveis abaixo dos 5%", ameaçando o exercício económico de 2025.
A secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Ana Jacinto, alertou que muitos negócios ficaram inoperacionais, não apenas por danos diretos das chamas, mas também por fatores indiretos.
Entre estes, destacam-se as "falhas graves nas comunicações fixas e móveis, que impediram a realização de reservas, pagamentos, contactos com fornecedores e até o cumprimento de requisitos básicos de segurança". Adicionalmente, os encerramentos forçados por despacho de Situação de Alerta interditaram o acesso a zonas florestais, afetando empresas situadas fora do perímetro direto dos incêndios. A associação sublinha que não está apenas em causa o exercício económico de 2025, mas também “a atratividade futura de destinos já de si frágeis”. Perante este cenário, a AHRESP já apresentou propostas ao Governo e aguarda a concretização de medidas de apoio para o setor, considerando ser “fundamental restituir a perceção de segurança e envidar todos os esforços para que a mancha verde, que dá identidade e vida a estes territórios, seja regenerada o quanto antes”.