Este valor, ainda preliminar, representa uma aceleração face ao aumento de 2,16% permitido para 2025, intensificando a pressão sobre os orçamentos familiares.
O coeficiente de atualização anual das rendas é calculado com base na variação média dos últimos 12 meses do Índice de Preços no Consumidor, excluindo a habitação, registada em agosto do ano anterior. O valor definitivo será confirmado pelo INE a 10 de setembro e, posteriormente, publicado em Diário da República até 30 de outubro, momento a partir do qual os senhorios poderão comunicar o aumento aos inquilinos com uma antecedência mínima de 30 dias.
Este potencial aumento soma-se às atualizações significativas dos últimos anos.
Em 2024, o aumento máximo permitido foi de 6,94%, o que, somado aos coeficientes de 2025 e 2026, resulta num aumento acumulado de 11,35% em apenas três anos. Esta trajetória de subida contínua agrava as dificuldades sentidas por muitos arrendatários, num mercado já caracterizado por preços historicamente elevados e escassez de oferta. A Associação de Inquilinos Lisbonenses já alertou que esta nova subida antecipa uma maior degradação das condições de vida dos arrendatários. A aplicação do aumento é facultativa para os senhorios, mas a tendência de subida da inflação serve de base legal para que muitos procedam à revisão dos contratos em vigor.