O plano surge numa altura em que os produtores enfrentam dificuldades no escoamento da produção e quebras nas vendas de vinho, com os comerciantes a queixarem-se de stocks elevados. O ministro sublinhou que a medida é de caráter excecional e não se repetirá, sendo complementada por ações estruturantes. Entre estas, contam-se a possibilidade de redução voluntária da área de vinha, o reforço do papel das cooperativas e a eliminação da obrigatoriedade de um stock mínimo de 75 mil litros para a comercialização de Vinho do Porto, facilitando a entrada de novos produtores.
A decisão gerou controvérsia, com o presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), Luís Sequeira, a declarar que o Alentejo está “estupefacto” e “em choque”, considerando a medida uma “discriminação em relação ao resto do país”.
Por outro lado, Rui Paredes, presidente da Casa do Douro, saudou o apoio, afirmando que, embora não resolva todos os problemas, vai “permitir balizar um pouco o preço” da uva.