A decisão surge num contexto de crise no setor, marcado pela quebra no consumo, aumento dos custos e forte concorrência dos têxteis chineses.

A empresa, com sede em Santo Tirso, justificou a medida com a necessidade de renegociar a sua dívida e concentrar a produção nas fábricas mais rentáveis.

As unidades a encerrar são a Polopiqué Tecidos, em Moreira de Cónegos (Guimarães), e a Cottonsmile, em Vizela.

Numa comunicação aos trabalhadores, o fundador Luís Guimarães afirmou que a decisão foi “necessária para proteger a Polopiqué” e salvaguardar os restantes postos de trabalho no grupo, que emprega cerca de 800 pessoas.

A empresa comprometeu-se a cumprir todas as obrigações legais com os funcionários dispensados.

Sindicatos como o PCP e o CESP já manifestaram solidariedade com os trabalhadores, considerando “inaceitável” que estes sejam os primeiros a pagar o preço de opções de gestão.

A situação da Polopiqué não é isolada, com outras empresas da região, como a Stampdyeing e a J.F.

Almeida, a enfrentarem também dificuldades financeiras e a recorrerem a Processos Especiais de Revitalização (PER) para negociar com os credores.

As associações empresariais do setor alertam para um risco de colapso e pedem medidas urgentes à União Europeia.