Esta descida marca o 19.º mês consecutivo de recuo, acentuando a perda de rentabilidade para os aforradores portugueses. A tendência de queda contínua coloca a taxa de juro média muito abaixo do pico de 3,08% registado em dezembro de 2023, um máximo de 12 anos. A situação em Portugal contrasta com a média da área do euro, que, apesar de também ter recuado em julho para 1,77%, permanece significativamente acima do valor nacional. Com esta evolução, Portugal subiu uma posição no ranking, sendo agora o país com a quinta taxa mais baixa entre os membros da zona euro.
A análise do Banco de Portugal (BdP) revela que 95% das novas operações de depósitos de particulares em julho, que totalizaram 12.164 milhões de euros, foram realizadas com prazo até um ano, cuja taxa média foi precisamente de 1,39%. No segmento empresarial, a remuneração média também desceu, passando de 1,71% em junho para 1,66% em julho, num mês em que os novos depósitos de empresas somaram 10.259 milhões de euros. Este cenário de juros baixos reflete o fim do ciclo de estímulo que se seguiu ao aumento das taxas diretoras, penalizando agora as poupanças tradicionais das famílias e empresas.