O preço do cabaz de 63 produtos alimentares essenciais desceu pela terceira semana consecutiva, fixando-se em 240,56 euros no início de setembro. Apesar desta ligeira descida de 0,25% face à semana anterior, a análise da DECO PROteste revela que a pressão inflacionista sobre os alimentos continua a ser sentida, com alguns produtos a registarem aumentos semanais de 10%. Na semana entre 27 de agosto e 3 de setembro, o iogurte líquido, a batata vermelha e o grão cozido foram os produtos que mais encareceram, com uma subida de 10% no preço. Esta variação contrasta com a tendência geral de descida do cabaz, que acumulou uma redução de 3,74 euros nas últimas três semanas.
No entanto, a perspetiva de longo prazo mostra um cenário diferente.
Desde o início da monitorização pela DECO PROteste, em janeiro de 2022, o cabaz já aumentou 52,86 euros, o que representa uma subida de 28,16%. Na comparação homóloga, de setembro de 2024 para setembro de 2025, o aumento foi de 6,86% (mais 15,45 euros).
A análise anual destaca subidas expressivas em produtos como o café torrado moído e os ovos, que encareceram 38% no último ano.
Desde 2022, 15 produtos do cabaz registaram aumentos superiores a 50%, com a carne de novilho para cozer a liderar, tendo passado de 5,82 euros para 11,49 euros (+97%). A inflação geral, segundo o INE, acelerou para 2,8% em agosto, com os produtos alimentares não transformados a registarem uma subida de 7,0%, o que continua a pressionar o orçamento das famílias portuguesas.
Em resumoO cabaz alimentar essencial desceu para 240,56 euros, marcando a terceira semana de queda. Contudo, produtos como o iogurte líquido, a batata vermelha e o grão cozido subiram 10% na última semana, e desde 2022, o cabaz acumula uma subida superior a 28%, evidenciando a persistente pressão inflacionista sobre os alimentos.