Os dados do serviço estatístico europeu confirmam um abrandamento geral da economia europeia, embora Portugal continue a apresentar um desempenho mais robusto.

A revisão do Eurostat melhorou ligeiramente as estimativas iniciais, que apontavam para um crescimento homólogo de 1,4% na Zona Euro e de 1,5% na União Europeia (UE). O crescimento em cadeia na UE foi de 0,2%.

O desempenho positivo da economia portuguesa foi impulsionado pelo consumo das famílias, que beneficiou do aumento do emprego.

No segundo trimestre, a taxa de desemprego em Portugal diminuiu de 6,6% para 5,9%, o valor mais baixo desde o segundo trimestre de 2020. Em contraste com o dinamismo português, as principais economias europeias mostraram sinais de estagnação ou contração.

A Alemanha, a maior economia do bloco, recuou 0,3% em cadeia, enquanto a Itália contraiu 0,1%.

O Fórum para a Competitividade, no entanto, adota uma postura cautelosa, antecipando "alguma timidez no desempenho económico" para o terceiro trimestre, com base em indicadores preliminares que permanecem "mistos".

A entidade sublinha que, embora o consumo deva continuar a ser um motor de crescimento, o ambiente internacional apresenta um "nível de risco muito elevado", o que poderá condicionar o investimento e as exportações.