Esta subida foi impulsionada principalmente pelo custo da mão de obra, que disparou 8,9%, enquanto o preço dos materiais cresceu 1,5%. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o custo da mão de obra contribuiu com 4,0 pontos percentuais para a formação da taxa de variação homóloga, um valor superior aos 3,4 pontos do mês anterior. A componente dos materiais, por sua vez, contribuiu com 0,8 pontos percentuais.

Entre os materiais que mais influenciaram a subida de preços destacam-se os vidros e espelhos, com um aumento de cerca de 30%, e os aparelhos de climatização, com uma subida de aproximadamente 15%. Em sentido contrário, verificaram-se descidas nos preços da chapa de aço macio e galvanizada (cerca de -15%) e das tubagens de aço e ferro fundido (cerca de -10%). Em termos mensais, a variação do índice foi de 0,7%, com a mão de obra a subir 1,1% e os materiais 0,3%.

Esta aceleração dos custos representa uma pressão adicional sobre o setor da construção e o mercado imobiliário, num contexto de elevada procura por habitação.