Esta inversão histórica coincidiu com a queda do primeiro-ministro François Bayrou, após a sua moção de confiança ter sido esmagadoramente rejeitada.
A rentabilidade da dívida francesa a dez anos subiu para 3,484%, enquanto a taxa de juro paga pela dívida italiana se situava em 3,482%. Esta situação reflete o agravamento da crise política em França, que deixa em suspenso a apresentação do projeto de orçamento do governo, que previa um corte no défice público de 44.000 milhões de euros. O objetivo era reduzir o défice de 5,4% do PIB esperado este ano para 4,6% em 2026. A instabilidade tem-se refletido nos mercados de dívida desde as eleições europeias de junho de 2024, com os juros da dívida gaulesa a subirem de cerca de 2,5% no início do ano para quase 3,6% após o anúncio da moção de confiança. A dívida francesa representa atualmente 114% do PIB, e os custos de financiamento têm aumentado significativamente, com o peso da dívida a prever-se que atinja 75.000 milhões de euros em 2026.