Esta decisão reflete a crescente confiança dos mercados internacionais na trajetória económica e orçamental do país.

A subida do 'rating' foi justificada por um conjunto de fatores robustos, incluindo a "redução contínua da dívida, uma posição orçamental equilibrada, défices reduzidos a partir de 2026, o aumento das exportações e um crescimento resiliente". A Fitch projeta que o rácio da dívida pública desça para 88,4% do PIB até 2027, sustentado por "expressivos excedentes primários" e uma "política orçamental prudente". Para este ano, a agência estima um excedente orçamental de 0,1% do PIB, prevendo-se um regresso a "pequenos défices orçamentais" de 0,7% em 2026 e 0,4% em 2027. Em termos de crescimento económico, a Fitch antecipa uma expansão de 1,8% em 2025, acelerando para 2,2% em 2026. Esta decisão segue-se à melhoria da classificação da Standard & Poor's no final de agosto, de 'A' para 'A+', o que reforça a perceção positiva sobre a economia portuguesa. O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, reagiu positivamente, considerando que a decisão "confirma o caminho sólido percorrido: contas equilibradas, redução sustentada da dívida e crescimento acima da média da zona euro".

O Governo, em comunicado, sublinhou que a decisão é "mais uma conquista para Portugal e o reconhecimento do trabalho que está a ser feito pelo Governo, pelas famílias e empresas".

Esta melhoria na notação é crucial, pois influencia diretamente os custos de financiamento do país e atrai investimento estrangeiro, consolidando a imagem de Portugal como "um exemplo na Europa do ponto de vista financeiro", como antecipado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro.