Segundo a CGTP, 57% dos trabalhadores assalariados auferem menos de mil euros brutos por mês, e 18,3% vivem exclusivamente com o salário mínimo, que atualmente se situa abaixo dos 880 euros para metade dos trabalhadores. A confederação estima que o impacto financeiro da subida salarial proposta seria inferior a 10 mil milhões de euros, um valor que contrasta com os "33,4 mil milhões de euros apropriados por 1.615 grandes empresas na economia nacional". Estas reivindicações surgem num contexto de forte oposição ao pacote laboral proposto pelo Governo, que a CGTP acusa de constituir "um ataque generalizado aos direitos dos trabalhadores", facilitando os despedimentos e alargando a precariedade. Em resposta, a central sindical convocou uma Jornada Nacional de Luta para 20 de setembro, com manifestações no Porto e em Lisboa, exigindo a retirada das propostas legislativas e defendendo medidas como a redução do horário de trabalho para 35 horas semanais sem perda de salário e a reposição dos 25 dias úteis de férias.
