Esta tendência de estabilização e ligeira queda surge num contexto em que o BCE optou por uma nova pausa no seu ciclo de cortes, mantendo a taxa de depósito em 2,00%. A decisão do BCE reflete uma visão de que o processo desinflacionário na Zona Euro terminou, com a inflação a rondar a meta dos 2%.
Para os detentores de crédito à habitação com taxa variável em Portugal, estes movimentos são significativos. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho, a Euribor a seis meses representava 37,96% do stock de empréstimos, sendo a sua evolução acompanhada de perto por milhares de famílias.
As Euribor a 12 e a três meses representavam 32,09% e 25,51%, respetivamente.
Embora as flutuações diárias sejam pequenas, a tendência geral aponta para um arrefecimento, depois de as médias mensais de agosto terem registado subidas nos três prazos.
A estabilização das taxas Euribor em torno dos 2% deverá traduzir-se em prestações da casa mais previsíveis nos próximos meses, aliviando a pressão sobre os orçamentos familiares que sentiram fortes subidas nos anos anteriores.