Os dados, divulgados pelo Eurostat, indicam uma pressão crescente sobre os encargos salariais suportados pelas empresas nacionais. A análise detalhada do serviço estatístico europeu revela que, na área do euro, os salários e vencimentos por hora aumentaram 3,7%, enquanto os custos não salariais subiram 3,4%. Na União Europeia, os avanços foram de 4,1% e 3,8%, respetivamente.

Portugal posiciona-se assim num patamar de crescimento dos custos laborais superior ao dos seus principais parceiros económicos, o que pode ter implicações na competitividade das empresas portuguesas.

Entre os Estados-membros, os maiores aumentos foram observados na Bulgária (13,4%), Hungria (11,0%) e Roménia (10,4%), refletindo dinâmicas de convergência salarial.

Em contraste, os menores aumentos registaram-se em França (1,4%), Dinamarca (1,5%) e Malta (1,9%). O crescimento em Portugal, embora significativo, fica abaixo das subidas de dois dígitos verificadas em países como a Estónia (10,3%) e a Grécia (10,1%). Esta tendência de subida dos custos laborais em Portugal poderá influenciar as decisões de investimento e contratação das empresas nos próximos trimestres.