As taxas Euribor registaram flutuações diárias ao longo da semana nos prazos a três, seis e doze meses, mantendo-se em níveis próximos dos 2%. A taxa a seis meses, que desde janeiro de 2024 se tornou a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação de taxa variável, fixou-se em 2,107% na sexta-feira, após ter atingido 2,098% na quinta-feira. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho confirmam a predominância deste indexante, que representava 37,96% do ‘stock’ de empréstimos para habitação própria permanente.
As Euribor a 12 e a três meses seguiam-se, com quotas de 32,09% e 25,51%, respetivamente.
Durante a semana, a taxa a três meses subiu para 2,029% na quinta-feira, descendo depois para 2,016% na sexta-feira. A taxa a 12 meses seguiu um percurso inverso, recuando para 2,160% na quinta-feira e para 2,154% no dia seguinte. As médias mensais de agosto já apontavam para uma subida nos três prazos, com a Euribor a três meses a registar o aumento mais acentuado, para 2,021%.
A estabilidade destes indicadores está em linha com a recente decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter as suas taxas diretoras inalteradas pela segunda reunião consecutiva, após um ciclo de oito reduções iniciado em junho de 2024. A próxima reunião de política monetária do BCE, que influenciará a trajetória futura das Euribor, está agendada para o final de outubro.
Em resumoAs taxas Euribor continuam a apresentar volatilidade diária, com o prazo a seis meses a consolidar-se como o principal indexante para o crédito à habitação em Portugal, representando quase 38% dos contratos. A recente manutenção das taxas diretoras pelo BCE sugere um período de estabilização, embora as flutuações diárias continuem a impactar diretamente as prestações dos créditos de taxa variável.