A nova proposta representa uma valorização de 10% face à anterior e elimina a componente em dinheiro, o que poderá conferir neutralidade fiscal à operação em Espanha.

A oferta anterior consistia numa ação nova do BBVA mais 70 cêntimos por cada 5,5483 ações do Sabadell. A nova proposta, integralmente em ações, não só aumenta o prémio para os acionistas do Sabadell para 11,8% (face aos anteriores 1,8%), como também oferece uma potencial isenção fiscal sobre as mais-valias caso a aceitação da OPA supere 50% dos direitos de voto. O presidente do BBVA, Carlos Torres, classificou a nova oferta como "extraordinária, com uma valorização e preços históricos", avaliando cada ação do Sabadell em 3,39 euros. No entanto, a administração do Sabadell mantém a sua oposição.

O presidente executivo, César González-Bueno, reiterou que "a oferta é má", sublinhando que normalmente os prémios em operações semelhantes alcançam os 30%.

A OPA, que visa 100% do capital do Sabadell, está em curso desde 8 de setembro e tem sido alvo de reticências por parte do Governo de Espanha, que impôs condições para a sua autorização, como a manutenção de personalidades jurídicas separadas durante três anos. Se a fusão avançar, criará uma entidade com perto de um bilião de euros em ativos, tornando-se o segundo maior banco de Espanha.