Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmam a contínua escalada dos preços no mercado imobiliário.

Entre abril e junho, foram transacionadas 42.889 habitações, num valor total que ultrapassou os 10,3 mil milhões de euros.

A subida de 17,2% face ao mesmo período de 2024 foi impulsionada por um aumento de 18,3% nos imóveis existentes e de 14,5% nos novos.

A agravar a pressão sobre o mercado está a escassez de oferta, que, segundo o portal Idealista, se encontra apenas 5% acima do mínimo histórico registado em 2022.

A situação é particularmente crítica em distritos como Lisboa, Coimbra e Aveiro, onde a oferta atingiu mínimos históricos.

O problema é também estrutural, com a taxa de habitação pública em Portugal a situar-se nos 2%, uma das mais baixas da Europa.

Perante este cenário, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Conselho de Ministros aprovaria novas medidas, focadas em habitação a preços moderados.

Para os inquilinos, a dedução à coleta de IRS dos encargos com rendas subirá para 900 euros em 2026 e para 1.000 euros em 2027. Para os senhorios, a taxa de IRS sobre rendas moderadas será reduzida de 25% para 10%, e haverá isenção de mais-valias na venda de imóveis se o valor for reinvestido em arrendamento acessível.