A instituição alerta ainda para o impacto orçamental do Complemento Solidário para Idosos (CSI), cuja despesa poderá exceder o previsto em 42% este ano.
No seu relatório de "Perspetivas Económicas e Orçamentais 2025-2029", o CFP apresenta um cenário mais cauteloso do que o Governo.
A previsão de crescimento de 1,9% para este ano e 1,8% para o próximo fica aquém das metas do executivo, justificada por um menor investimento público e abrandamento das exportações. A entidade liderada por Nazaré da Costa Cabral mantém a previsão de um saldo orçamental nulo para 2025, mas projeta o regresso a um défice de 0,6% em 2026, que poderá agravar-se para 0,8% até 2029. Este desequilíbrio é atribuído a medidas permanentes de aumento da despesa e redução da receita, bem como à utilização de empréstimos do PRR.
Uma das maiores preocupações do CFP é a despesa com o CSI.
As alterações nas condições de elegibilidade levaram a um "aumento expressivo do número de beneficiários", projetando-se que a despesa em 2025 atinja 577 milhões de euros, um desvio de 42% face ao orçamentado. A longo prazo, o custo poderá ascender a 1.093 milhões de euros em 2029.
A presidente do CFP, Nazaré da Costa Cabral, advertiu que a folga orçamental, "se existe, é muito curta e não permite aventuras", recomendando "prudência e responsabilidade política" na elaboração do próximo Orçamento do Estado.














