Este valor representa uma inversão significativa face aos prejuízos registados nas duas épocas anteriores e constitui o melhor resultado da história da sociedade.

Este desempenho notável foi impulsionado por dois fatores principais: uma rigorosa política de reestruturação operacional e financeira e um volume sem precedentes de receitas provenientes da transação de jogadores. O clube alcançou um saldo positivo de 100,44 milhões de euros com passes de atletas, resultado de vendas que totalizaram 171,52 milhões de euros, incluindo as transferências de Nico González, Galeno e Evanilson. Simultaneamente, a nova gestão implementou uma redução de custos operacionais na ordem dos 17%, equivalente a 29,36 milhões de euros, com cortes significativos nas despesas com pessoal e em fornecimentos e serviços externos.

O presidente André Villas-Boas destacou que o exercício representou o "lançamento de um novo ciclo, que pretende ser claramente mais positivo e vitorioso", sendo um "período de intensa reestruturação operacional e financeira". Este resultado foi alcançado apesar do impacto negativo de cerca de 48 milhões de euros devido à não participação na Liga dos Campeões, parcialmente mitigado por uma receita de 17 milhões de euros da participação no Mundial de Clubes. A reestruturação permitiu também aliviar os constrangimentos de tesouraria através da redução do passivo corrente em 117 milhões de euros e melhorar o capital próprio em 103,3 milhões, o que, segundo Villas-Boas, permitiu ao clube cumprir "integralmente as regras de sustentabilidade financeira da UEFA" e criar "condições para um investimento sustentável na equipa principal de futebol".