Esta evolução confirma que, mesmo nos indexantes que ainda proporcionam alívio, o ritmo de redução está a abrandar. As previsões apontam para uma estabilização das taxas, com o governador indigitado do Banco de Portugal, Álvaro Santos Pereira, a antecipar que as taxas de juro na Zona Euro se mantenham nos níveis atuais "durante algum tempo".
Prestação da casa sobe pela primeira vez em quase dois anos para contratos com Euribor a 3 meses
As famílias com crédito à habitação indexado à Euribor a 3 meses, cujos contratos sejam revistos em outubro, enfrentarão o primeiro aumento da prestação mensal em quase dois anos, sinalizando o fim de um longo período de alívio. Esta inversão de tendência reflete a recente estabilização e ligeira subida das taxas Euribor, que se aproximam da meta de 2% do Banco Central Europeu. Para um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos com um 'spread' de 1%, a subida será modesta, entre 2,53 e 3,48 euros mensais. A média da Euribor a 3 meses utilizada para o cálculo de outubro (2,0273%) é superior à de julho (1,9863%), que serviu de base para a revisão anterior. Esta subida quebra uma sequência de 20 meses de reduções. Em contrapartida, os contratos indexados às Euribor a 6 e 12 meses, que representam a maioria do 'stock' de crédito à habitação em Portugal, ainda beneficiarão de descidas, embora as menores desde agosto do ano passado. Para o mesmo exemplo de empréstimo, a prestação com Euribor a 6 meses descerá cerca de 24 euros, enquanto a associada à Euribor a 12 meses terá uma redução mais significativa, na ordem dos 65 euros.



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