Num encontro em Vilamoura, a UFE destacou a "exploração sistemática" das regras aduaneiras da UE, afirmando que a Europa está a ser "inundada por produtos ilegais" enquanto estas plataformas acumulam fortunas em impostos não pagos. O presidente da UFE, Florian Köbler, quantificou a perda diária em 137 milhões de euros, sublinhando que, para além do prejuízo financeiro, muitos dos produtos comercializados colocam os consumidores em risco. A análise da UFE revela que 91% dos pacotes de baixo valor que entram no espaço europeu têm origem na China, evidenciando uma concentração de fluxos comerciais não controlados. O plano de ação proposto pela UFE inclui a responsabilização legal direta das plataformas pelo pagamento de direitos aduaneiros e IVA, a verificação de impostos em tempo real antes de qualquer transação e um regime de sanções que pode culminar na exclusão do mercado europeu. A organização pede ainda que o prazo máximo entre a deteção de uma irregularidade e a aplicação de medidas corretivas não exceda os 90 dias, criticando o modelo de negócio de algumas plataformas que, segundo Köbler, "transformaram a evasão fiscal num modelo de negócio".