Este é o valor mais elevado registado desde 2020, sinalizando uma crescente pressão sobre o mercado de trabalho, especialmente no tecido das micro e pequenas empresas. De acordo com os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), mais de sete em cada dez despedimentos coletivos (75,5%) ocorreram em microempresas (128 casos) e pequenas empresas (143 casos). O número de trabalhadores abrangidos por estes processos também subiu de forma acentuada, atingindo 5.332 pessoas, um aumento de 27,3% em relação ao mesmo período de 2024. Destes, 5.212 foram efetivamente despedidos, o que representa uma subida de 32,7%.
A principal razão apontada pelas empresas para a redução de pessoal foi a necessidade de reestruturação, responsável por 88% dos casos.
Geograficamente, as regiões de Lisboa e Vale do Tejo (176 processos) e o Norte (109 processos) foram as mais afetadas.
Apenas no mês de agosto, foram efetivamente despedidos 634 trabalhadores, com a região Norte a representar a larga maioria (80,4%), com 510 pessoas.
Os setores mais atingidos foram as indústrias transformadoras e as áreas de telecomunicações e tecnologias de informação. A tendência de subida no número de trabalhadores afetados por despedimentos coletivos tem vindo a acentuar-se desde 2023, com o valor acumulado até agosto de 2025 a ser mais do dobro do registado em igual período do ano anterior.













