A cotação chegou a 125.689 dólares, superando o recorde anterior de cerca de 124.500 dólares, registado em agosto, num movimento que reflete a crescente procura por ativos alternativos em períodos de instabilidade. A valorização da criptomoeda surge num contexto de forte desconfiança dos investidores face à paralisação orçamental em curso nos Estados Unidos, conhecida como ‘shutdown’.
Este impasse político tem levado os mercados a procurar ativos de refúgio, e a Bitcoin parece estar a beneficiar desta tendência, num movimento que alguns analistas designam como ‘debasement trade’, ou seja, uma aposta na desvalorização do dólar.
A subida é também impulsionada pelo otimismo em torno do desempenho histórico da Bitcoin em outubro, um mês tradicionalmente positivo que lhe valeu a alcunha de “Uptober”. Nos últimos dez anos, a criptomoeda registou subidas em nove meses de outubro.
Este novo recorde é suportado pela renovada entrada de capitais em fundos cotados (ETF) ligados à Bitcoin e pela subida das ações norte-americanas, que, apesar da incerteza política, continuam a atrair investimento.
O desempenho da Bitcoin reforça o seu estatuto como um ativo cada vez mais presente nas carteiras de investimento, funcionando como um barómetro do sentimento de risco nos mercados globais.













