Este crescimento, detalhado na proposta de OE2026, será impulsionado tanto pelos impostos diretos (+3,7%) como pelos indiretos (+4,9%).

O principal motor da receita continua a ser o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), que deverá crescer 5,1% para 27.489 milhões de euros, refletindo a previsão de aumento do consumo privado. O Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS) também contribuirá significativamente, com uma subida de 5,0% para 19.496 milhões de euros. O Governo justifica este aumento, apesar da descida de taxas, com a “evolução favorável do mercado de trabalho, tanto para o emprego, como para remuneração por trabalhador”. Em sentido contrário, a receita de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC) deverá recuar 2,0% para 9.532 milhões de euros, um reflexo da redução da taxa de 21% para 20% em 2025, cujo impacto se sente no ano seguinte. Nos impostos especiais de consumo, destaca-se o aumento de 4,6% na receita do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP), para 4.254 milhões de euros. O aumento da receita fiscal total para um valor que equivale a 183,74 milhões de euros por dia, ou 7,65 milhões por hora, ocorre num contexto em que o Governo também prevê uma subida da despesa corrente para um recorde de 125,4 mil milhões de euros.