O Governo justifica o seu otimismo com a expectativa de uma aceleração do investimento, que deverá crescer 5,5%, e com a resiliência da procura interna, que contribuirá com 3,1 pontos percentuais para a variação do PIB.
Segundo o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, as medidas de desagravamento fiscal, como a redução do IRS, deverão estimular o consumo privado.
Contudo, o próprio relatório do OE2026 reconhece riscos significativos, nomeadamente as tensões comerciais e geopolíticas que podem afetar a procura externa, cujo contributo para o crescimento do PIB é projetado como negativo em 0,9 pontos percentuais. O CFP, no seu parecer, endossa a previsão como “estatisticamente provável”, mas alerta para uma “possível sobrestimação do comportamento real da economia” e para “riscos predominantemente descendentes”, aconselhando um “grau acrescido de prudência”. A sustentabilidade deste cenário dependerá, em grande medida, da capacidade de execução dos fundos europeus, como o PRR, e da evolução do contexto internacional.














