As novas taxas serão de 15,7% para o 2.º escalão, 21,2% para o 3.º, 24,1% para o 4.º e 31,1% para o 5.º.

Embora os escalões superiores não tenham redução de taxas, beneficiarão do efeito da progressividade do imposto. Segundo simulações de consultoras como a EY e a PwC, a poupança anual pode variar entre cerca de 37 euros e quase 700 euros, dependendo do rendimento e do agregado familiar. Por exemplo, um trabalhador solteiro com um salário de 1.800 euros brutos poupará 88 euros por ano, enquanto um casal com dois filhos e um rendimento conjunto de 4.500 euros poderá poupar 324 euros.

Contudo, este alívio fiscal pode ser atenuado por outro fator.

O Governo optou por atualizar os limites dos escalões de rendimento em apenas 3,51%, um valor abaixo do referencial de 4,6% para aumentos salariais acordado em concertação social. Esta discrepância significa que os trabalhadores com aumentos salariais superiores a 3,51% arriscam “saltar” de escalão, o que pode resultar num agravamento da sua taxa efetiva de imposto, anulando parte do benefício da descida das taxas.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, garantiu que “a esmagadora maioria dos portugueses tem um desagravamento real do IRS”.