O ouro ultrapassou a marca dos 4.000 dólares por onça, atingindo um máximo de 4.080 dólares, enquanto a prata superou os 51 dólares, alcançando o seu valor mais alto desde 1979. A escalada dos preços dos metais preciosos reflete a aversão ao risco dos investidores perante um cenário de agudização das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, a par de incertezas políticas na Europa e nos EUA. A ameaça de novas tarifas por parte de Donald Trump e as restrições chinesas à exportação de matérias-primas críticas funcionaram como catalisadores, levando os investidores a procurar a segurança do ouro e da prata. Analistas financeiros salientam que a subida do ouro também é sustentada pelas expectativas de novos cortes nas taxas de juro pela Reserva Federal norte-americana, o que tende a enfraquecer o dólar e, por correlação inversa, a valorizar o metal dourado.
O analista Fernando Marques, da Income Markets, prevê que o ouro “tem potencial para chegar aos 4100/4200 dólares por onça”. A prata, por sua vez, tem sido potenciada pela valorização do ouro, atingindo um pico de 51,66 dólares por onça.
A forte procura por estes ativos sublinha a perceção de instabilidade económica e geopolítica, com os investidores a protegerem as suas carteiras contra a volatilidade dos mercados acionistas.














