O programa foi criado para mitigar os efeitos de um “desequilíbrio estrutural entre a produção e a procura”, que ameaça os rendimentos dos produtores. O apoio consiste numa compensação de 50 cêntimos por quilo de uvas entregues para destilação, com um teto de 1.125 euros por hectare. A baixa adesão à medida, que resultou na utilização de apenas 3,6 milhões dos 15 milhões disponíveis, é atribuída por associações como a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) a vários fatores.

Entre eles, destacam-se as quebras de produção na região, que se situaram entre 40% e 60% devido a problemas de míldio e seca, mas também a “implementação tardia desta medida, já com a vindima em andamento, os prazos curtos para candidaturas e obstáculos burocráticos”. Face à verba remanescente, a CNA reclamou que o Governo a aplique na região, sugerindo a aquisição de 15 mil pipas de vinho para valorizar os stocks do Estado e libertar capacidade de armazenamento. O plano do Governo inclui ainda medidas estruturais, como o incentivo à redução voluntária da área de vinha e o fortalecimento das cooperativas.