Outro estudo, da Boston Consulting Group (BCG), revela que 64% da população consegue poupar menos de 10% do seu salário, evidenciando uma crescente dificuldade em amealhar.

O impacto da inflação é particularmente acentuado entre os mais jovens (18 a 24 anos), onde 86% afirmam ter adaptado as suas compras.

A principal mudança de comportamento é a preferência por produtos de marca própria (86%) e a procura por alternativas mais acessíveis, como descontos ou formatos familiares (80%). Esta contenção reflete-se diretamente no carrinho de compras, com uma diminuição no consumo de produtos como o peixe (52%) e a carne (47%).

O gasto médio mensal em supermercados situa-se nos 265 euros por pessoa.

A dificuldade em poupar é outra consequência direta: o estudo da BCG indica que 36% dos portugueses não consegue guardar sequer 5% do seu salário líquido, valores que se agravaram face a 2024.

Quando conseguem poupar, a principal motivação é a criação de um fundo de emergência (60%), seguida da segurança na reforma (40%).

Apesar das dificuldades, os consumidores mantêm-se atentos à sustentabilidade, com 8 em cada 10 a afirmarem-se dispostos a mudar de supermercado por um com maior compromisso ambiental.