A empresa justifica a medida com o “declínio acentuado e prolongado das encomendas no setor automóvel”, afirmando que a reestruturação é “necessária para garantir a viabilidade da empresa a longo prazo”.
Este é o segundo despedimento coletivo na empresa este ano, depois de em maio terem sido dispensados 123 trabalhadores e outros 237 colocados em ‘lay-off’. No final de 2024, a empresa já tinha encerrado a sua fábrica em Arcos de Valdevez, resultando na perda de 350 postos de trabalho. Com esta nova redução, a força de trabalho da Coindu, que em 2022 empregava 2.100 pessoas, deverá ficar entre 800 e 825 trabalhadores. A situação gerou reações políticas, com o PCP a questionar a Ministra do Trabalho sobre as medidas para “salvaguardar os postos de trabalho”, lembrando que a Coindu beneficiou de 3,9 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O partido levanta suspeitas de que a nova administração possa estar a desviar encomendas para outras geografias, como o Norte de África, utilizando o ‘lay-off’ para que “seja o Governo Português a financiar parte dessa deslocalização”. A decisão da Coindu reflete a instabilidade que afeta a indústria de componentes automóveis na Europa, num contexto de grande incerteza e transição no setor.














