Segundo os autores, o setor digital no seu todo ajuda a sustentar cerca de 3 milhões de empregos, gera 90 mil milhões de euros em valor acrescentado bruto (VAB) e contribui com 30 mil milhões de euros em receita fiscal anualmente. O núcleo tecnológico, ou “setor puro digital”, representa já 500 mil postos de trabalho e 17 mil milhões de euros em VAB, com um efeito multiplicador de 2,7 sobre a economia. Filipe Grilo, coordenador do estudo, afirma que “o digital não é apenas um setor, mas sim um motor transversal de modernização e crescimento estrutural”. Apesar dos avanços, o estudo identifica um “bloqueio estrutural” relacionado com um “défice crónico de qualidade de gestão”, que dificulta a integração plena da tecnologia nos modelos de negócio.
A Inteligência Artificial (IA) é apontada como o principal motor futuro de produtividade, embora a sua adoção ainda seja baixa, especialmente na Administração Pública, onde apenas 26% dos organismos a utilizam. Gabriel Coimbra, da GoingNext, sublinha que, embora 77% das empresas que usam IA já reportem ganhos de produtividade, é preciso acelerar a sua aplicação para criar novos modelos de negócio e reforçar a competitividade nacional.














