A medida reflete uma reestruturação profunda no setor tecnológico global, visando compensar o excesso de contratação durante a pandemia e otimizar operações. A decisão da Amazon de dispensar cerca de 10% da sua força de trabalho corporativa, que ascende a 350.000 pessoas de um total de 1,55 milhões a nível global, insere-se num contexto de ajustamento pós-pandémico que afeta todo o setor tecnológico. Este corte, que se segue a uma redução de 27.000 postos de trabalho no final de 2022, abrange áreas cruciais como recursos humanos, operações, dispositivos e a divisão de computação em nuvem, a Amazon Web Services (AWS). A justificação da empresa, liderada por Andy Jassy, centra-se na necessidade de compensar o excesso de contratações durante o pico de procura da pandemia e nos ganhos de eficiência obtidos com a implementação de inteligência artificial.

A medida não é um caso isolado; o setor tecnológico já perdeu cerca de 98.000 empregos em 216 empresas em 2025, embora este número seja inferior aos 153.000 registados em 2024, segundo dados do Layoffs.fyi. O anúncio surge num momento em que os analistas preveem um aumento da faturação da Amazon em cerca de 11% em relação ao ano anterior, o que evidencia uma estratégia focada na otimização de custos e na rentabilidade, mesmo perante um cenário de crescimento das receitas.