O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,4% em termos homólogos e 0,8% em cadeia, colocando Portugal entre os países com melhor desempenho na Zona Euro.

A estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou um dinamismo superior ao antecipado, que apontava para um abrandamento em cadeia.

Este desempenho foi impulsionado principalmente pela procura interna, com o INE a destacar uma “aceleração do consumo privado”, que compensou uma desaceleração do investimento.

Esta evolução é atribuída às medidas de política do Governo, como a aplicação de novas tabelas de retenção na fonte do IRS e o suplemento extraordinário para pensionistas, que aumentaram o rendimento disponível das famílias durante o verão.

Adicionalmente, o contributo da procura externa líquida foi “menos negativo”, refletindo uma aceleração das exportações de bens e serviços. A reação do Governo foi otimista, com o Ministério das Finanças a sublinhar a “elevada resiliência” da economia e a reiterar a convicção de que “é possível atingir um crescimento de 2% este ano”. O ministro da Economia, Manuel Castro Almeida, corroborou esta visão, afirmando existir uma “altíssima probabilidade” de o objetivo ser cumprido.

O desempenho de Portugal contrasta com a tendência de desaceleração na Zona Euro, que cresceu em média 1,3% em termos homólogos. Entre os países para os quais já existem dados, Portugal apresenta o terceiro maior crescimento homólogo, apenas atrás da Irlanda e de Espanha, e o maior crescimento em cadeia (0,8%) da Zona Euro.