A taxa de inflação homóloga em Portugal abrandou pelo segundo mês consecutivo, fixando-se em 2,3% em outubro, de acordo com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE). Este valor representa uma moderação de 0,1 pontos percentuais face a setembro e tem como consequência direta a determinação de um aumento de 2,3% nas portagens em 2026. A desaceleração do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi influenciada pela evolução dos preços dos produtos energéticos, que registaram uma variação homóloga de -1,2%, contrastando com a subida de 0,3% no mês anterior. Adicionalmente, o índice referente aos produtos alimentares não transformados também desacelerou, passando de uma subida de 7,0% em setembro para 6,1% em outubro. No entanto, a tendência não foi uniforme em todos os indicadores.
A inflação subjacente, que exclui os produtos mais voláteis como alimentos não processados e energia, registou uma ligeira aceleração para 2,1%, mais 0,1 pontos percentuais que no mês precedente.
A variação média dos últimos 12 meses manteve-se nos 2,4%.
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), utilizado para comparações europeias, registou uma variação homóloga de 2,0%. A confirmação da taxa de inflação de outubro serve de base para a atualização anual das taxas de portagem, que, segundo a legislação, poderão aumentar 2,3% no próximo ano, acrescidas de um adicional de 0,1% acordado com as concessionárias.
Em resumoA inflação em Portugal desacelerou para 2,3% em outubro, influenciada pela queda nos preços da energia e pelo abrandamento nos alimentos não processados. Apesar da ligeira subida da inflação subjacente, o valor global do IPC servirá de referência para um aumento de 2,3% nas portagens em 2026.