O Novo Banco registou um lucro de 610,5 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2025, um valor praticamente idêntico ao período homólogo de 2024. A estabilização dos resultados ocorre num contexto de pressão sobre a margem financeira, que recuou 6,5% para 829 milhões de euros, devido à descida das taxas de juro. Apesar da contração da margem financeira, o banco conseguiu compensar parcialmente esta quebra com um aumento de 10,7% nas comissões, que atingiram 266,1 milhões de euros. O produto bancário comercial, que agrega margem e comissões, caiu 2,8% para 1.095 milhões de euros. Os custos operativos subiram 5%, para 384,2 milhões, resultando num recuo de 0,9% no resultado operacional.
O CEO, Mark Bourke, afirmou que os resultados “reforçam a robustez” do modelo de negócio e que o banco continua a executar o seu plano estratégico.
A instituição destacou ainda uma melhoria no perfil de risco, com as provisões para crédito a registarem um decréscimo significativo. No que toca ao balanço, o crédito a clientes cresceu 5,3% desde o final de 2024, para 30,6 mil milhões de euros, enquanto os depósitos aumentaram 3,8%, para 30,9 mil milhões.
A estabilidade dos lucros surge num momento crucial para o banco, cuja venda ao grupo francês BPCE foi formalizada esta semana, um processo que Mark Bourke assegura que “segue o curso normal nos processos regulatórios”.
Em resumoO Novo Banco manteve os seus lucros estáveis em 610,5 milhões de euros até setembro, apesar da queda de 6,5% na margem financeira. O aumento das comissões e a melhoria do perfil de risco ajudaram a equilibrar as contas, enquanto a instituição finaliza o processo de venda ao grupo francês BPCE.